domingo, 15 de novembro de 2009

Feliz

Tens a felicidade nas mãos e não te dás conta. A olhar para o futuro não se vive o presente. A recordar o passado se vive o futuro. A pensar não se age. A falar não se caminha. Enquanto se corre não se pára. Ratos engaiolados a brincar na roleta que não sai do lugar a pular para os ninhos pré-fabricados ou ratos de experiências cientificas chacinados nas mãos dos aprendizes de uma qualquer ciência? Fórmulas milagrosas, vapores alucinantes, feiticeiro de Oz ou Harry Potter? Efeito de placebo, já te sinto! Nada melhor do que acreditar numa mentira para nos sentirmos felizes! A verdade afinal não é assim tão má. Porquê tanta infelicidade? Inquietam-se os espiritos para se alimentarem do fruto da ambição... para quê? Começamos pelo fim e o fim é apenas o começo onde tudo acaba. Sinto as frieiras e o vento gelado, choro. Mesmo assim sou feliz, acreditas?

Divagar

De tráz de uma nublina vejo cor, salpicos humidos faze-me frio. Era uma raio de sol, contudo, mais longe do que imaginava. Continuo a caminhar... vejo muita coisa. Criaturas ferozes que rugem, pavões com penas belissímas, abutres a degustar os restos mortais. Todos coabitam em harmonia num mundo que nem sei bem como lá fui parar. Estarei perdida? A sonhar? Será real? Um lubisomem passou por mim bastante pacífico por entre as árvores nuas com ramificações pontiagudas crivantes... e o nevoeiro a pairar por todo lado perturbando aminha visão. Não é selva, não é deserto, não é floresta, que terra é esta?