terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ATREVE-TE

Atreve-te a sentir o coração bater por uma louca paixão, entrega-te ao amor mesmo que saibas que vais sofrer. Vive o limite. Ama o mais que possas, apixona-te por umas horas. Erra muito, isso é que está certo. Cria o teu mundo e vive nele se isso te faz feliz. Veste-te com riscas e bolinhas se achas que te fica bem. Segue os impulsos. Olha de frente. Não penses. Sê louco. Anda à chuva. Vive o acaso. Errar é que está certo. Sofre pelo caminho proibido. Ousa! Andar em linha recta é cobardia. Traça mal a rota esse é o caminho certo. Acelera mesmo que vejas um muro à tua frente. Aposta. O azar é utupia dos fracos. Diz o que te apetece mesmo que leves um estalo. Passa um cheque em branco. Vive as desilusões. Assume as fraquezas isso é valentia. Prefere a verdade à mentira mesmo que isso custe caro. Desorganiza os teus pensamentos. Não respeites as regras. Sê impertinente. Vai à luta. Habita um castelo abandonado com assombrações. Mergulha de cabeça sem medo do fundo. Não tenhas medo. Vira a página. Semeia ventos e colhe tempestades. Cura-te com o prazer ele é maior que a dor. Solta as amarras e atreve-te a navegar.

Liberta-te

Se o rosa te parece vermelho, se o laranja te parece castanho, se o azul te parece roxo. Revolta-te. Porque nem sempre os nossos olhos vêm a realidade, deturpam-na. Por isso revolta-te contra ti ou contra os outros. Não interessa, simplesmente revolta-te!! Podes até não te deixar enganar pelos outros mas isso não interessa se és tu quem mais se engana! A mente esconde subterfúgios, escamoteia a realidade, a lucidez fica esquecida. Achas que tens a razão mas sem saber é o instito que te domina. Achas que tens lucidez mas estás em delírio. Mais vale saber que cedes ao impulso do que pensar que te dominas. Aí estás a ser dominado pela pseudo-sensatez: sensasionalismo camuflado de uma inteligência nublada de estupidez. A estupidez está nos olhos de quem ser estúpido e não consegue. Por isso liberta-te, se queres ser feliz.

Minutos feitos por momentos

Perdi o que nunca tive, quando tive quem estava perdida era eu... feliz pela impulsiva lúxuria da alma estampada nos meus olhos. Embriegada na loucura da minha lucidez, sonhadora. Tumulto de uma suave facada, revitaliza-me! Mata-me para sentir que estou viva, que nascerei todos os dias feliz por ter conhecido o inferno. Entre o paraíso e o inferno a escolha é tua. Onde está a receita do néctar dos Deuses? Na seiva que corre no caule das plantas. Não sei se o destino existe ou serão meras coicidências. O importante é sentir as rédeas. Da luta nascem os vencedores. A sorte: é a begala dos enjeitados. A maledicência: a arma dos infelizes. A eternidade: minutos decompostos em segundos feitos por momentos milagrosos que a alma guarda na memória. A eternidade estancada é o alivio das recordações, areias movediças no deserto do imaginário, ameaça das lembranças. Por isso faço do passado eternidade e do futuro lembranças que já não me recordo.